quinta-feira, 13 de maio de 2010

os cães ladram, mais a caravana não para ...


LIDERANÇAS GUARANI KAIOWÁ ESTIVERAM NA DEFENSORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO IMPLORANDO POR JUSTIÇA, TERRA E VIDA

“Enquanto tiver um Guarani Kaiowá de pé, a luta continuará”
Apikovera

Viemos do Mato Grosso do Sul a São Paulo, em maio de 2010, na luta por nossos direitos, buscando apoios e aliados, esclarecendo a dramática situação por que passam os mais de 40 mil Kaiowá Guarani, espremidos em menos de 40 mil hectares de terra e jogados às beiras das estradas em 22 acampamentos indígenas. Estamos cada vez mais sendo engolidos pela cana, soja e gado. O nosso direito que foi conquistado na Constituição de 1988, não está sendo cumprido. Várias usinas de etanol estão em construção, sendo previsto um total de 60 novas usinas, a serem construídas nos próximos anos, em cima de nossos territórios. Tudo isso põem em perigo a nossa sobrevivência como povo Guarani, caso não sejam tomadas as providências imediatas de reconhecimento de nossos territórios. A situação de violência a que estamos submetidos e que acontecem em nossas aldeias é considerada superior ao que acontece nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo e mesmo nas áreas de guerra, como Iraque e outros lugares de conflitos abertos, pelo mundo afora. Sabemos que essa situação só vai melhorar com a nossa efetiva luta e apoio dos aliados e amigos no Brasil e pelo mundo afora. É por isso que estamos aqui em São Paulo nesses dias.

“ Somos os verdadeiros donos desta terra. Acabou a nossa paciência, o que nos resta é a nossa união e mobilização na luta pelos nossos direitos e apoio de todos” Lideranças das comunidades Kaiowá Guarani, do Mato Grosso do Sul: Kurusu Ambá, Ypo’i, Laranjeira Nhanderu, Taquara, Nhanderu Marangatu Maio de 2010

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