quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Crianças e jovens dos povos Paresi e Nambikwara, no Mato Grosso, participam de Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

A Fundação Nacional do Índio, através da Coordenação Técnica Local de Tangará da Serra, na Chapada dos Paresi/MT, implantou em escolas indígenas o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), em parceira com a prefeitura municipal. O Proerd é um programa da Polícia Militar que visa prevenir o uso de drogas e, para isso, realiza ações educativas em escolas de todo país há dez anos. Em Tangará da Serra, o programa está em fase de discussão para se adequar às especificidades e realidades sócio-culturais dos povos indígenas. Inicialmente estará contemplando quatro aldeias do território Paresi e Nambikwara, localizadas nas Terras Indígenas Pareci, Juininha, Utiariti e Tirecatinga. Lançamento na aldeia Rio Verde A abertura do programa na Escola Municipal Zoizotero, na aldeia Rio Verde, Terra Indígena Paresi, aconteceu no período de 17 a 21 deste mês e contou com a participação de 90 crianças e jovens indígenas, com idades de sete a 14 anos. Também participaram lideranças tradicionais, caciques, professores e técnicos da área da Saúde do Pólo de Rio Verde. Diante da vulnerabilidade dos jovens indígenas de Tangará da Serra com relação ao uso de drogas, especialmente o álcool, avaliou-se a importância de realizar o trabalho voltado a esta questão. “Agora a parceria está firmada e fortalecida com o apoio do município e vamos ter bons resultados”, disse o subtenente Porfírio José de Medeiros, um dos instrutores do programa. Na abertura do evento, o representante da Polícia Militar, capitão Edylson Figueiredo Pintel, ressaltou o caráter voluntário do Proerd, disseminado em várias regiões do país. Segundo pesquisa da Universidade de São Paulo, o programa tem aprovação de 95% dos brasileiros e alcança um resultado positivo com o público estudantil participante. O cacique geral do povo Paresi, João Garimpeiro Azzomae, relembrou os tempos antigos e falou da sua preocupação atual com as crianças e jovens, “pois hoje é tudo muito diferente. A bebida tradicional era consumida apenas nos rituais e hoje vemos até crianças experimentando bebidas alcoólicas durante as festas”, afirmou. Após a realização dos primeiros encontros, os técnicos da Funai de Tangará da Serra responsáveis pela ação e os indígenas participantes farão a avaliação do programa junto aos instrutores da Polícia Militar e também irão elaborar um material didático específico para o trabalho com povos indígenas da região. Fonte: Funai

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