Missionários, líderes indígenas e de movimentos sociais discutem impactos de grandes obras sobre populações tradicionais
Entre 27 e 30 de outubro, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) realiza sua XVIII Assembléia Geral, em Luziânia - Goiás. Missionários, lideranças indígenas, representantes de movimentos sociais e pesquisadores tratarão das principais questões que afetam os povos indígenas e discutirão a ação missionária do Cimi para os próximos dois anos. Com o tema "Paz e Terra para os povos indígenas", o evento debaterá a desterretorizaliação dos povos tradicionais no atual modelo de desenvolvimento.
Entres os palestrantes estão os líderes indígenas Eva Canoé, do povo Canoé (Rondônia), Aurivan dos Santos (Neguinho), do povo Truká (Bahia) e Eliseu, do povo Guarani Kaiowá (Mato Grosso do Sul). Eva Canoé e Neguinho Truká falarão sobre os impactos de grandes obras em terras indígenas, com destaque para as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau e para a transposição do rio São Francisco. Eliseu Guarani Kaiowá Guarani tratará da dramática situação de seu povo no Mato Grosso do Sul.
Outra questão abordada será o impacto da hidrelétrica de Belo Monte (Pará) sobre os povos do Xingu - com a contribuição do presidente do Cimi e Bispo do Xingu, Dom Erwin Kräutler, e do professor Célio Bergmann, do Instituto de Energia e Eletrotécnica da USP. Também serão discutidos os danos socioambientais causados por empreendimentos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a participação do jornalista Carlos Tautz, pesquisador do Ibase.
No dia 27 de outubro, à noite, será lançado o livro Dom Erwin kräutler: memórias de luta e esperança, do assessor teológico do Cimi, Pe. Paulo Suess, sobre a vida de Dom Erwin em defesa da floresta e dos povos da Amazônia.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
transposição do rio são francisco: o bispo, os calangos, as goluseimas do presidente e associados!
Algumas falas do presidente Lula, por ocasião de sua visita aos canteiros de obras de transposição do rio São Francisco, merecem uma breve reflexão. Diz o presidente: "Resolvi fazer [a obra] não porque sou engenheiro, mas porque eu, com sete anos, carreguei pote de água na cabeça e sei o sacrifício... Teve um bispo que fez até greve de fome para que não se fizesse essa obra... Se a gente não cuidar, o principal animal em extinção no mundo será o ser humano, não é pouca coisa... E que quando a gente quer fazer uma obra como essa os que tomam café da manhã, almoçam, jantam, tomam água gelada todo dia são contra a gente fazer... Não quero que a gente mate um passarinho, um calango, uma cobra, agora, não posso deixar o povo pobre morrer de sede e de fome".
Depois do discurso, veio a ceia do presidente, junto aos seus ministros, assessores e daqueles que lucram com as obras, os associados do governo, donos das empreiteiras. No cardápio não havia passarinhos, nem calangos, nem cobras e muito menos água. As guloseimas servidas foram camarão - que os pobres tão arduamente defendidos pelo presidente não comem e que não faz parte do bolsa família – risoto de queijo parmesão – acredito que este também não seja um alimento trivial para aqueles que carregam potes de água na cabeça - purê de abóbora com carne de sol - talvez uma homenagem sutil aos homens e mulheres nordestinos, aqueles que o presidente diz serem os beneficiários principais da transposição do São Francisco. E para beber, eis o alívio, depois de discursos extenuantes, uísque de 12 anos e para os mais humildes servos do presidente e seus associados nada de água, cerveja. É de se perguntar se o cardápio, o uísque 12 anos e as cervejas, fazem parte do “pacote” de benefícios destinados aos pobres que carregam pote de água na cabeça e ou, quem sabe, são uma maneira de externar a solidariedade e o incomparável cuidado com o principal animal em extinção no mundo que, de acordo com o presidente, é o homem.
Merece destaque a hospedaria feita exclusivamente para abrigar o presidente e associados no canteiro de obras localizado no km 316 da BR-323, próximo à cidade de Custódia (PE) e que foi descrita pela jornalista Simone Iglesias na Folha de São Paulo: “O presidente ficou em uma suíte improvisada com cama "king size” (para quem não sabe, como eu não sabia, se trata de uma cama de Rei), carpete, frigobar, banheiro, antessala e um gabinete para reuniões. Os quartos à direita e à esquerda do presidente foram ocupados por seguranças. Na suíte de Dilma (primeira ministra do país), havia banheiro privativo, antessala e decoração com flores. Em uma parte da casa foi montado um quiosque que faz às vezes de cozinha. No balcão, foi colocado coquetel, sucos, água, quiches (para os que não sabem, como eu, é uma espécie de empada recheada de queijo – ou torta de queijo), bolos, castanhas, queijos e frutas para receber a comitiva presidencial”.
A hospedaria foi também chamada, por alguns, de acampamento no canteiro de obras. Mas que belo modelo de acampamento o presidente oferece! Os trabalhadores rurais sem terra, que lutam pela reforma agrária, certamente ficariam constrangidos com esse moderno e arrojado ambiente. Bem que poderiam ser estruturados - pelo Incra – à beira das estradas para abrigar o povo que espera o governo cumprir sua responsabilidade de realizar a reforma agrária. Também os povos indígenas, milhares de pessoas que vivem debaixo de lonas pretas à beira de estradas, aguardando que o governo federal demarque as suas terras e lhes assegure assistência digna, saneamento básico, água potável, ficariam bem mais protegidos do frio, calor e das chuvas com o moderno acampamento do presidente da República e dos associados.
Mas, e o bispo? Parece que, mesmo se recusando a pronunciar o seu nome durante seus inflamados discursos, Lula considera Dom Luis Cappio uma pedra no caminho da transposição. É que o bispo, não se calou mesmo depois que o Lula fez a ele dezenas de promessas de que submeteria o projeto de transposição a um amplo debate público. Lula preferiu, ao invés de debater, proferir impropérios contra aqueles que visam discutir de forma democrática as obras que lhes afetam.
Ao que parece a democracia não é mais um jogo que o presidente deseja jogar. Para saciar a ganância dos associados e convivas, o presidente da República utilizou-se de um expediente no mínimo antidemocrático, na Câmara dos Deputados, para alterar a legislação e facilitar a continuidade das obras de transposição das águas do São Francisco. Em medida provisória que tinha por objetivo prestar socorro financeiro a municípios, o governo incluiu, de “contrabando”, um artigo que apressa a desapropriação de imóveis considerados de utilidade pública, um dos principais empecilhos jurídicos enfrentados pelos investimentos federais (conforme noticiou a Folha, no dia 16/10).
Para o presidente é melhor ouvir moda de viola, beber uísque de 12 anos e ter ceia farta com os empreiteiros associados do que sentar-se à mesa para um debate inteligente e tratar as pessoas sérias com o respeito que elas merecem. Em diferentes obras projetadas país afora, o presidente tem se deparado com certos “empecilhos” que lhe desagradam – um bispo jejuando aqui, um movimento protestando ali, pessoas sofridas reclamando segurança, saúde, educação, moradia, terra. Para Lula tudo isso se trata apenas de disputas para salvar calangos, pererecas, cobras, bagres, passarinhos. Ele está convencido de que seu Programa de Aceleração do Capital é infalível, inevitável, incontestável. Agradando ou não, o presidente e seus associados querem que as obras saiam e isso parece ser, em si, razão suficiente para que o povo se cale e aplauda de pé. Aí vai, então, o aplauso: Viva o bispo, vivam os calangos! Que a prepotência de alguns não destrua a esperança dos que almejam uma sociedade democrática e plural.
Roberto Antônio Liebgott
Depois do discurso, veio a ceia do presidente, junto aos seus ministros, assessores e daqueles que lucram com as obras, os associados do governo, donos das empreiteiras. No cardápio não havia passarinhos, nem calangos, nem cobras e muito menos água. As guloseimas servidas foram camarão - que os pobres tão arduamente defendidos pelo presidente não comem e que não faz parte do bolsa família – risoto de queijo parmesão – acredito que este também não seja um alimento trivial para aqueles que carregam potes de água na cabeça - purê de abóbora com carne de sol - talvez uma homenagem sutil aos homens e mulheres nordestinos, aqueles que o presidente diz serem os beneficiários principais da transposição do São Francisco. E para beber, eis o alívio, depois de discursos extenuantes, uísque de 12 anos e para os mais humildes servos do presidente e seus associados nada de água, cerveja. É de se perguntar se o cardápio, o uísque 12 anos e as cervejas, fazem parte do “pacote” de benefícios destinados aos pobres que carregam pote de água na cabeça e ou, quem sabe, são uma maneira de externar a solidariedade e o incomparável cuidado com o principal animal em extinção no mundo que, de acordo com o presidente, é o homem.
Merece destaque a hospedaria feita exclusivamente para abrigar o presidente e associados no canteiro de obras localizado no km 316 da BR-323, próximo à cidade de Custódia (PE) e que foi descrita pela jornalista Simone Iglesias na Folha de São Paulo: “O presidente ficou em uma suíte improvisada com cama "king size” (para quem não sabe, como eu não sabia, se trata de uma cama de Rei), carpete, frigobar, banheiro, antessala e um gabinete para reuniões. Os quartos à direita e à esquerda do presidente foram ocupados por seguranças. Na suíte de Dilma (primeira ministra do país), havia banheiro privativo, antessala e decoração com flores. Em uma parte da casa foi montado um quiosque que faz às vezes de cozinha. No balcão, foi colocado coquetel, sucos, água, quiches (para os que não sabem, como eu, é uma espécie de empada recheada de queijo – ou torta de queijo), bolos, castanhas, queijos e frutas para receber a comitiva presidencial”.
A hospedaria foi também chamada, por alguns, de acampamento no canteiro de obras. Mas que belo modelo de acampamento o presidente oferece! Os trabalhadores rurais sem terra, que lutam pela reforma agrária, certamente ficariam constrangidos com esse moderno e arrojado ambiente. Bem que poderiam ser estruturados - pelo Incra – à beira das estradas para abrigar o povo que espera o governo cumprir sua responsabilidade de realizar a reforma agrária. Também os povos indígenas, milhares de pessoas que vivem debaixo de lonas pretas à beira de estradas, aguardando que o governo federal demarque as suas terras e lhes assegure assistência digna, saneamento básico, água potável, ficariam bem mais protegidos do frio, calor e das chuvas com o moderno acampamento do presidente da República e dos associados.
Mas, e o bispo? Parece que, mesmo se recusando a pronunciar o seu nome durante seus inflamados discursos, Lula considera Dom Luis Cappio uma pedra no caminho da transposição. É que o bispo, não se calou mesmo depois que o Lula fez a ele dezenas de promessas de que submeteria o projeto de transposição a um amplo debate público. Lula preferiu, ao invés de debater, proferir impropérios contra aqueles que visam discutir de forma democrática as obras que lhes afetam.
Ao que parece a democracia não é mais um jogo que o presidente deseja jogar. Para saciar a ganância dos associados e convivas, o presidente da República utilizou-se de um expediente no mínimo antidemocrático, na Câmara dos Deputados, para alterar a legislação e facilitar a continuidade das obras de transposição das águas do São Francisco. Em medida provisória que tinha por objetivo prestar socorro financeiro a municípios, o governo incluiu, de “contrabando”, um artigo que apressa a desapropriação de imóveis considerados de utilidade pública, um dos principais empecilhos jurídicos enfrentados pelos investimentos federais (conforme noticiou a Folha, no dia 16/10).
Para o presidente é melhor ouvir moda de viola, beber uísque de 12 anos e ter ceia farta com os empreiteiros associados do que sentar-se à mesa para um debate inteligente e tratar as pessoas sérias com o respeito que elas merecem. Em diferentes obras projetadas país afora, o presidente tem se deparado com certos “empecilhos” que lhe desagradam – um bispo jejuando aqui, um movimento protestando ali, pessoas sofridas reclamando segurança, saúde, educação, moradia, terra. Para Lula tudo isso se trata apenas de disputas para salvar calangos, pererecas, cobras, bagres, passarinhos. Ele está convencido de que seu Programa de Aceleração do Capital é infalível, inevitável, incontestável. Agradando ou não, o presidente e seus associados querem que as obras saiam e isso parece ser, em si, razão suficiente para que o povo se cale e aplauda de pé. Aí vai, então, o aplauso: Viva o bispo, vivam os calangos! Que a prepotência de alguns não destrua a esperança dos que almejam uma sociedade democrática e plural.
Roberto Antônio Liebgott
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
desmatamento na amazônia em agosto atinge área quase do tamanho de BH, diz estudo
O desmatamento na floresta Amazônia registrado no mês de agosto deste ano atingiu uma área de 273 km², território um pouco menor do que o da cidade de Belo Horizonte (MG) (que possui 330 km²) e equivalente a 32 mil campos de futebol. As informações sobre o desmatamento em agosto foram divulgadas pelo Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) nesta quarta-feira (14), com base em dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
A área desmatada é 167% maior neste ano em comparação com agosto de 2008, quando foram desmatados 102 km². No entanto, o Imazon estima que cerca de 46% (ou 125 km²) do desmatamento detectado em agosto tenha ocorrido de fato em meses anteriores, mas que não foi notado em razão da ocorrência de nuvens que impossibilitaram a visualização. Apenas 8% do território dos Estados da região Norte não puderam ser monitorados em agosto.
O desmatamento em agosto foi bem menor se comparado ao mês de julho de 2009, quando 532 km² foram devastados, segundo o Imazon. Em julho de 2008, porém, o total desmatado correspondeu a quase a metade da área devastada em julho deste ano.
Em agosto deste ano, 76% da área desmatada na Amazônia foi registrada no Estado do Pará. O Mato Grosso "contribuiu" com 8% do desmatamento, seguido do Amazonas (6%) e Rondônia (5%). Na soma dos outros Estados situados na Amazônia Legal - Tocantins, Amapá, Roraima e Acre (o Maranhão não foi monitorado) - foi desmatado 5% do total.
De acordo com o estudo, no Pará o desmatamento se concentrou nos arredores da BR-163 e na área de influência da rodovia Transamazônica entre os municípios de Marabá e Uruará e em São Félix do Xingu. Quase a metade do desmatamento registrado em agosto ocorreu em áreas protegidas, com destaque para as unidades de conservação Triunfo do Xingu, Floresta Nacional do Jamanxim e Terra Indígena Apyterewa, todas no Pará.
A área desmatada é 167% maior neste ano em comparação com agosto de 2008, quando foram desmatados 102 km². No entanto, o Imazon estima que cerca de 46% (ou 125 km²) do desmatamento detectado em agosto tenha ocorrido de fato em meses anteriores, mas que não foi notado em razão da ocorrência de nuvens que impossibilitaram a visualização. Apenas 8% do território dos Estados da região Norte não puderam ser monitorados em agosto.
O desmatamento em agosto foi bem menor se comparado ao mês de julho de 2009, quando 532 km² foram devastados, segundo o Imazon. Em julho de 2008, porém, o total desmatado correspondeu a quase a metade da área devastada em julho deste ano.
Em agosto deste ano, 76% da área desmatada na Amazônia foi registrada no Estado do Pará. O Mato Grosso "contribuiu" com 8% do desmatamento, seguido do Amazonas (6%) e Rondônia (5%). Na soma dos outros Estados situados na Amazônia Legal - Tocantins, Amapá, Roraima e Acre (o Maranhão não foi monitorado) - foi desmatado 5% do total.
De acordo com o estudo, no Pará o desmatamento se concentrou nos arredores da BR-163 e na área de influência da rodovia Transamazônica entre os municípios de Marabá e Uruará e em São Félix do Xingu. Quase a metade do desmatamento registrado em agosto ocorreu em áreas protegidas, com destaque para as unidades de conservação Triunfo do Xingu, Floresta Nacional do Jamanxim e Terra Indígena Apyterewa, todas no Pará.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
conferência nacional vai ser realizada de 16 a 20 de novembro
A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei) foi confirmada para o período de 16 a 20 de novembro próximo, em Luziânia, Goiás. A nova data foi aprovada em reunião ocorrida na sexta-feira, 9, entre representantes dos ministérios da Educação e da Saúde, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
A Coneei, prevista originalmente para o período de 21 a 25 de setembro deste ano, foi adiada em razão do risco de proliferação do vírus H1N1 entre os delegados indígenas. A avaliação dos organizadores, agora, é a de que o risco é pequeno e pode ser controlado com um acompanhamento efetivo dos indígenas, desde a saída da aldeia até o retorno. Esse acompanhamento caberá ao Ministério da Saúde e à Funasa.
A conferência nacional reunirá na cidade goiana, no centro de treinamento educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), cerca de 800 participantes para discutir os rumos da educação escolar indígena no país. A fase preparatória foi realizada em 1,5 mil escolas indígenas, nas etapas locais, e em 18 conferências regionais, com a participação de representantes de aproximadamente 230 povos.
Mais informações no site www.mec.gov.br ou pelo telefone: 061.2022 9065 Coordenação Geral de Educação Escolar Indígena Ministério da Educação.
A Coneei, prevista originalmente para o período de 21 a 25 de setembro deste ano, foi adiada em razão do risco de proliferação do vírus H1N1 entre os delegados indígenas. A avaliação dos organizadores, agora, é a de que o risco é pequeno e pode ser controlado com um acompanhamento efetivo dos indígenas, desde a saída da aldeia até o retorno. Esse acompanhamento caberá ao Ministério da Saúde e à Funasa.
A conferência nacional reunirá na cidade goiana, no centro de treinamento educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), cerca de 800 participantes para discutir os rumos da educação escolar indígena no país. A fase preparatória foi realizada em 1,5 mil escolas indígenas, nas etapas locais, e em 18 conferências regionais, com a participação de representantes de aproximadamente 230 povos.
Mais informações no site www.mec.gov.br ou pelo telefone: 061.2022 9065 Coordenação Geral de Educação Escolar Indígena Ministério da Educação.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
a vitória da persistência Guarani - Três comunidades Guarani em Santa Catarina conseguiram finalmente o reconhecimento de suas terras tradicionais
Os Guarani em Santa Catarina tiveram uma importante vitória,
conquistaram mais uma parte de seu território tradicional.
Nos dias 20 e 21 de agosto, e 1º de setembro, o ministro da Justiça, Tarso
Genro, assinou três Portarias Declaratórias das terras deste povo em Santa
Catarina: Terra Indígena Tarumã (2.172 ha) Portaria nº 2747 e Terra Indígena
Piraí (3.017 ha) Portaria nº 2.907 ambas localizadas no município de Araquari;
Terra Indígena Morro Alto (893 ha) Portaria nº 2.813, localizada no Município
São Francisco do Sul, no litoral norte do estado.
A decisão do Ministro foi muito comemorada pelas comunidades Guarani
beneficiadas diretamente e por todo povo Guarani. A publicação veio coroar
a luta pelo reconhecimento do seu território tradicional. Até então a própria
Funai não reconhecia essas terras como sendo tradicional desse povo.
Basicamente 85% das terras declaradas têm cobertura da formação florística
da Mata Atlântica. Outra pequena parte é área de reflorestamento com plantas
exóticas e uma exígua parte é utilizada pelos Guarani. A falta de regularização
das áreas impedia os indígenas de utilizar as terras para subsistência
porque enfrentavam resistência das empresas que se diziam proprietárias
das mesmas. Em 1989 uma comunidade foi expulsa e suas casas queimadas
porque uma imobiliária se apoderou das terras e vendeu à empresa Karstem
para plantio de eucaliptos, conforme foi denunciado no MPF em Joinville.
Proprietários particulares se aproveitaram da precária situação em que viviam os
Guarani para oferecer espaços de terras em “suas” propriedade para garantir
a posse futura, mas agora a terra foifinalmente devolvida aos Guarani.
conquistaram mais uma parte de seu território tradicional.
Nos dias 20 e 21 de agosto, e 1º de setembro, o ministro da Justiça, Tarso
Genro, assinou três Portarias Declaratórias das terras deste povo em Santa
Catarina: Terra Indígena Tarumã (2.172 ha) Portaria nº 2747 e Terra Indígena
Piraí (3.017 ha) Portaria nº 2.907 ambas localizadas no município de Araquari;
Terra Indígena Morro Alto (893 ha) Portaria nº 2.813, localizada no Município
São Francisco do Sul, no litoral norte do estado.
A decisão do Ministro foi muito comemorada pelas comunidades Guarani
beneficiadas diretamente e por todo povo Guarani. A publicação veio coroar
a luta pelo reconhecimento do seu território tradicional. Até então a própria
Funai não reconhecia essas terras como sendo tradicional desse povo.
Basicamente 85% das terras declaradas têm cobertura da formação florística
da Mata Atlântica. Outra pequena parte é área de reflorestamento com plantas
exóticas e uma exígua parte é utilizada pelos Guarani. A falta de regularização
das áreas impedia os indígenas de utilizar as terras para subsistência
porque enfrentavam resistência das empresas que se diziam proprietárias
das mesmas. Em 1989 uma comunidade foi expulsa e suas casas queimadas
porque uma imobiliária se apoderou das terras e vendeu à empresa Karstem
para plantio de eucaliptos, conforme foi denunciado no MPF em Joinville.
Proprietários particulares se aproveitaram da precária situação em que viviam os
Guarani para oferecer espaços de terras em “suas” propriedade para garantir
a posse futura, mas agora a terra foifinalmente devolvida aos Guarani.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
manifesto Indígena- Universidade de Brasília
Universidade de Brasília obteve um novo olhar sobre a questão indígena na universidade. Ontem no dia 02/10/2009, foi realizado o primeiro manifesto indígena dentro da Universidade. Os estudantes indígenas da UnB, juntamente com os vários movimentos indígenas como Santuário dos Pajés, Associação dos Povos Indígenas do Cerrado, Núcleo de Ação e Estudos Indigenistas- UnB Alvaro Tukano e demais colaboradores.
O manifesto percorreu dentro da UnB, passando pela Faculdade de Saúde, ICC SUL- NORTE e teve sua finalização no Restaurante Universitário- RU.
O tema abordado por todos era: NÃO AO PRECONCEITO! UNB É MULTICULTURAL.
No decorrer do manifesto, outros estudantes aderiram e se uniram para dançar o toré.
Para os estudantes indígenas da UNB, movimento como esses é bastante importante para acabar com o preconceito indígena, dentro das universidades do Brasil. A multiculturalidade é importante dentro das universidade e deve ser prevalecido.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
casa das rosas recebe mostra do livro "Amazônia Antiga" em são paulo
As mais recentes pesquisas indicam que a Amazônia foi uma área densamente habitada antes da chegada de Pedro Álvares Cabral em nosso continente, com sociedades complexas e culturalmente sofisticadas.
A exposição "Amazônia Antiga", baseada em livro de mesmo nome que é lançado pela editora DBA, com fotos de Maurício de Paiva e texto de Mônica Trindade Cannejo será realizado na Casa das Rosas (av. Paulista, 37. Tel.: 0/xx/11 3285.6986), em São Paulo.
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