Esta é a história de uma cena que foi ensaiada e repetida durante mais de 500 anos. Nada mudou. A foto de Lula Marques, da Folha de São Paulo, feita no dia 22 de abril de 2000 em Porto Seguro, Bahia, tornou-se símbolo da festa dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Num cenário perto da praia da Coroa Vermelha onde Pedro Álvares Cabral desembarcou em 1500, a fotografia mostra um índio indefeso e quase nu debaixo de uma tempestade, sendo atropelado por um batalhão de soldados armados até os dentes, com fuzis e bombas de gás lacrimogêneo. Como se ainda não bastasse, o autor da foto foi espancado e preso.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
solidariedade ao Povo PATAXÓ HÃ-HÃ-HÃE
O povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, com o apoio do Cimi, iniciou uma campanha em favor da garantia de suas terras. É pretensão desta campanha, esclarecer a opinião pública sobre os direitos dos Pataxó Hã-Hã-Hãe e os problemas enfrentados por estes, de modo que todos possam compreender e apoiar a luta deste povo.
Após 26 anos de espera, o Supremo Tribunal Federal, iniciou o julgamento da Ação Civil no dia 24 de outubro de 2008. O ministro relator do processo, Eros Grau, reconheceu o direito dos indígenas à terra reivindicada por eles e considerou nulos os títulos de propriedade dos ocupantes não-indígenas destas terras, pedindo a retirada dos fazendeiros da área. Após o voto do relator, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito pediu vistas do processo, adiando a conclusão do julgamento.
Acreditamos que a continuidade do julgamento desta Ação garantirá o direito constitucional deste povo de viver em sua terra, que já foi legalmente demarcada há tantas décadas, pondo assim um fim na lamentável trajetória de violência e brutalidade contra os Pataxó Hã-Hã-Hãe.
Você pode participar desta campanha, solicitando ao STF que retome o julgamento.
Veja o video:
Após 26 anos de espera, o Supremo Tribunal Federal, iniciou o julgamento da Ação Civil no dia 24 de outubro de 2008. O ministro relator do processo, Eros Grau, reconheceu o direito dos indígenas à terra reivindicada por eles e considerou nulos os títulos de propriedade dos ocupantes não-indígenas destas terras, pedindo a retirada dos fazendeiros da área. Após o voto do relator, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito pediu vistas do processo, adiando a conclusão do julgamento.
Acreditamos que a continuidade do julgamento desta Ação garantirá o direito constitucional deste povo de viver em sua terra, que já foi legalmente demarcada há tantas décadas, pondo assim um fim na lamentável trajetória de violência e brutalidade contra os Pataxó Hã-Hã-Hãe.
Você pode participar desta campanha, solicitando ao STF que retome o julgamento.
Veja o video:
histórias de violência - Povo XUXURU
Povo Xukuru: luta, agressões e resistência. - As cerca de 10 mil crianças, homens, mulheres e idosos do povo Xukuru vivem em sua terra tradicional, na serra do Ororubá, município de Pesqueira, agreste de Pernambuco. - Há décadas, os Xukuru lutam para garantir o respeito a seus direitos constitucionais. Nesse período, diversas lideranças foram assassinadas em virtude da luta pela terra. Destaca-se o assassinato do cacique Chicão Xukuru, ocorrido em 20 de maio de 1998, cujo mandante foi encontrado morto na carceragem da Superintendência Regional da Polícia Federal em Pernambuco. - Marcos Luidson de Araújo, filho de Chicão, foi escolhido pelos Encantados do povo como novo cacique em 2000. A partir daí passou a receber ameaças de morte nunca investigadas pelas autoridades policiais. Diante dessa omissão, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) determinou que o Estado Brasileiro protegesse a vida do cacique Marcos e de sua mãe, Zenilda - o que nunca foi cumprido. - Em 7 de fevereiro de 2003, o cacique Marcos sofreu uma tentativa de homicídio dentro da terra Xukuru. No episódio, os autores do atentado mataram dois jovens, Josenilson José dos Santos (Nilsinho) e José Ademilson Barbosa da Silva (Milson), que tentaram impedir o assassinato do cacique, mesmo estando desarmados. - A comunidade indígena, sob forte comoção e indignada com mais esta violência, terminou por expulsar do seu território todos os que apoiavam os criminosos: fazendeiros que permaneciam ilegalmente na terra Xukuru e alguns indígenas aliciados pelos invasores para tentar dividir o território indígena.- A tentativa de divisão da terra Xukuru foi comunicada a diversos órgãos públicos, especialmente, ao Ministério Público Federal em Pernambuco e à Polícia Federal, sem que nenhuma medida fosse tomada para tentar pacificar o conflito.
Veja o video:
histórias de violência - Povo KAIOWÁ GUARANI
Mais de uma centena de vidas Kaiowá Guarani são sacrificadas anualmente neste início de milênio, no Estado de Mato Grosso do Sul. É a voracidade da monocultura do agronegócio, estimulada pela omissão do Governo Federal em demarcar as terras indígenas; a impunidade dos assassinos dos índios e a prisão dos que lutam pelos direitos de seu povo; as paralisações dos procedimentos de demarcação por ações judiciais e pela intervenção contínua dos poderes Legislativo e Executivo do Estado e dos municípios. Como conseqüência disso, temos um quadro de violência e mortes que caracterizam uma situação de genocídio. São dezenas de assassinatos, mortes por desnutrição, atropelamentos, suicídios, e uma situação de escassez econômica que inviabiliza seus projetos de vida e de futuro. Atualmente, mais de 100 indígenas Kaiowá Guarani estão nas prisões no Estado.
A principal causa desta realidade dramática é indiscutivelmente a falta de terra. O confinamento, que teve início no século passado e chega hoje ao extremo, com mais de 40 mil Kaiowá Guarani vivendo em aproximadamente 20 mil hectares de terra, tem gerado a pior situação do Brasil em termos de negação de direitos humanos fundamentais.
Através de uma força tarefa articulada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com as comunidades Kaiowá Guarani, foi estabelecido um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado pelo atual presidente da Funai, Procuradoria da República de Dourados e Ponta Porã e lideranças indígenas, em novembro de 2007. De acordo com esse termo, 36 terras indígenas Kaiowá Guarani deveriam ser identificadas através da implementação de Grupos de Trabalho. No entanto, os prazos se esgotaram e até o momento nada foi realizado pela Funai.
Por esta razão, o povo Kaiowá Guarani solicita seu apoio, através desse abaixo-assinado, para a urgente identificação e demarcação de suas terras em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta, à Constituição Federal em consonância com a Convenção 169 da OIT e a Declaração dos Direitos Indígenas da ONU.
Estas assinaturas serão encaminhadas diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com cópias ao presidente da Funai, Márcio Meira, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
A principal causa desta realidade dramática é indiscutivelmente a falta de terra. O confinamento, que teve início no século passado e chega hoje ao extremo, com mais de 40 mil Kaiowá Guarani vivendo em aproximadamente 20 mil hectares de terra, tem gerado a pior situação do Brasil em termos de negação de direitos humanos fundamentais.
Através de uma força tarefa articulada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com as comunidades Kaiowá Guarani, foi estabelecido um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado pelo atual presidente da Funai, Procuradoria da República de Dourados e Ponta Porã e lideranças indígenas, em novembro de 2007. De acordo com esse termo, 36 terras indígenas Kaiowá Guarani deveriam ser identificadas através da implementação de Grupos de Trabalho. No entanto, os prazos se esgotaram e até o momento nada foi realizado pela Funai.
Por esta razão, o povo Kaiowá Guarani solicita seu apoio, através desse abaixo-assinado, para a urgente identificação e demarcação de suas terras em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta, à Constituição Federal em consonância com a Convenção 169 da OIT e a Declaração dos Direitos Indígenas da ONU.
Estas assinaturas serão encaminhadas diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com cópias ao presidente da Funai, Márcio Meira, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
Veja o video:
quinta-feira, 23 de julho de 2009
historias de violência - Povo YANOMAMI
Tente responder rapidamente: o que significa Haximu?
Se você não souber, sinta-se envergonhado, mas não se sintam só. Poucos brasileiros preservam a memória de um dos episódios mais vergonhosos de nossa história contemporânea: o massacre de indios (homens, mulheres, crianças e velhos) YANOMAMIS, por garimpeiros que buscavam ouro em plena floresta amazônica. Aconteceu em julho de 1993. Haximu é o nome de sua aldeia; mas é também um emblema histórico: em 2006, o Supremo Tribunal Federal caracterizou a chacina como ato de genocídio, o primeiro oficialmente reconhecido pelo Estado brasileiro. O primeiro, note bem, neste país erguido sobre a destruiçao de nações e culturas originárias. Haximu é, portanto, uma chave para a reconstrução de nosso passado.
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